Entrevista com o Vampiro
O senhor das estrelas e da Física estacionou sua nave e tomou um cafezinho com o vampiro. Descubra o Miguel Bernardi nesta entrevista. (Infelizmente nenhuma novidade do outro mundo foi revelada).
Minguel Bernardi
O que você faz, Miguel?
Cara, atualmente, eu sou estudante do curso de bacharelado em Física, da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estou no segundo semestre, e atuo
como bolsista num projeto de extensão: ensino de fundamentos da Astronomia e
Astrofísica para estudantes nos níveis Fundamental e Médio.
O que é a física em você?
Eu vejo a Física como um instrumento, uma ferramenta (junta de todo o
método científico) para entendermos como as coisas funcionam. Sei que esse
método não é perfeito, mas é o melhor que temos. Além de entender, é algo que
permite criar tecnologias, melhorar a qualidade de vida - apenas de conhecer os
contraexemplos, como as aplicações bélicas. Tomando a pergunta por um lado mais pessoal,
vejo a Física como um jeito de conhecer o meu íntimo. Veja bem, quando olho o
céu, a noite, estou olhando fotografias do meu passado. É algo que me fascina
e, este fascínio é uma das coisas que me movem. Pra mim, poucas sensações são
mais fortes que pensar em entender melhor o desconhecido.
Por que o mundo das letras?
Comecei a ler de modo frenético quando tinha 12 anos, ainda me lembro
das horas que passava lendo. Num dado momento, eu pensei em escrever, e não
parei desde então. Risos.
Qual primeiro livro que leu?
O primeiro que li por vontade própria (fora da escola) foi Harry Potter
e a Pedra Filosofal. Depois veio a saga Percy Jackson, As Crônicas de Gelo e
Fogo, livros do King, Lovecraft, Dan Brown, Gaiman... Mas o primeiro contato
que tive foi com a saga da J.K. Rowling. Sou muito grato à ela.
Como conheceu o DTRL?
Foi através de um grupo de escritores no Facebook. Infelizmente, não me
lembrou o nome do grupo. Eu estava lendo contos de terror, do Stephen King, e
pensando em criar algo relacionado ao gênero. Zanzando pelo grupo, vi que
alguém tinha postado o link para o Décimo Quinto DTRL. Fui ver o que era, achei
a proposta interessante, e resolvi participar.
Fiquei vários dias escrevendo meu conto para o desafio. Risos.
O mudaria, se pudesse, no desafio?
Não sei se mudaria algo. Participo do desafio pelo feedback, pelas dicas
preciosas de quem possui mais experiência... e também para poder ajudar, na
medida do possível, meus colegas escritores. Ver a evolução de cada um,
acompanhar trabalhos incríveis: é o que mais prezo no desafio.
É, não mudaria nada mesmo.
O que é o Estórias e Contos? Você que o idealizou?
Posso dizer que fui um co-idealizador. Sempre ouvi alguns amigos
comentarem que as visualizações de seus escritos são baixas. Eu acompanho
vários desses amigos/colegas, e, cara, tem muita coisa boa ali no meio! O mercado editorial é complicado. No Brasil, mais ainda. O intuito da
página, Estórias e Contos, seria expor essas obras, tentar divulgar esses novos
autores, que possuem, sim, qualidade.
Qual livro não sai da sua estante?
O Oceano no fim do Caminho, do Neil Gaiman.
Como trabalha o processo de inspiração na produção de um conto?
Guardo várias ideias na minha cabeça, tiradas de situações reais ou
devaneios. Na hora certa, algumas dessas ideias se juntam, e daí sai algo...
Não anoto as ideias que eu considero 'boas'. Vejo a definição de uma boa ideia
como aquela que fica na cabeça, que sempre está ali, me atazanando. As vezes, a inspiração vem com tanta frequência que até me assusto, mas,
pra compensar, existem períodos que chegam a mais de um mês onde não consigo
criar nada.
O que é a vida?
Algo para se aproveitar.
E a morte?
Um fim.
Se fosse um autor famoso, qual seria? Por quê?
Niel Gaiman.
Acho o cara genial, a narrativa dele, as histórias e contos que ele
escreve, as mensagens que passa... Me inspiro muito nele.
Uma superação?
Ter me mudado para Porto Alegre e estar cursando o que eu amo. Nasci e
cresci no interior de São Paulo e, ter conseguido alcançar este sonho com
certeza é algo do qual me orgulho muito.
Uma fraqueza?
Estar longe da minha família.
A vida é uma perda de tempo?
Absolutamente não! Vejo a morte
como um fim, mas isso não me impede de viver. Quero, de alguma forma,
contribuir para o bem (mesmo que em pequenas escalas) de outros. O fim vai
chegar para mim, sou muito bem resolvido quanto à isso: o que posso fazer sobre
isso é esperar que demore para chegar.
Mas meu legado pode continuar, e isso pode ser bom para muitos que
venham depois de mim.
Como gostaria de morrer?
Bem velho, provavelmente enquanto durmo: não seria ruim. Ou, então, pra
salvar alguém com que eu me importe muito.
Eu morreria para salvar algumas pessoas. (O que não significa que eu perderia a vida por elas).
Quem é, afinal, Miguel Bernardi?
Um sonhador, impressionável - no sentido 'criança': fico feliz por não
ter perdido a capacidade de me impressionar com coisas novas - e, na medida do
possível, feliz. Sou curioso por natureza, gosto de questionar, de descobrir,
de entender. Gosto de contar histórias, de misturar meu lado Físico com meu
lado sonhador, e tentar transmitir aos outros o que sinto quando deixo esses
dois universos se mesclarem.
Rapidinhas....
Um sonho?
Retomar meu primeiro projeto de romance, dar continuidade à ele e vê-lo
publicado.
Família?
Um sonho para o futuro, rs.
Se morresse hoje, quem iria encontrar no céu?
Não acredito em céu ou inferno. Mas, abstraindo, iria querer rever meu
avô materno.
Animal de estimação?
Cindy, a minha poodle.
Uma frase?
"Nós somos uma maneira do Cosmos conhecer a si mesmo", do
grande mestre Carl Sagan
Um segredo?
I am Batman. (É uma referência à uma frase do Sheldon Cooper, da série The Big Bang
Theory*, alguns vão pegar a referência kkk)
Um pecado?
Preguiça. Risos
Uma dor?
Saudade
Infância?
Assistir Pokémon comendo Doritos, jogar Resident Evil 3 no playstation 1
e sonhar em ser adulto.
Deus?
Uma incerteza.
Deixe um recado aos seus leitores:
Eu sou muito grato à todos vocês! Com as dicas de vocês, evolui
bastante. Espero que gostem de ler meus contos, e espero sempre que comentem de
forma sincera! Prefiro uma crítica que me ajude do que um elogio não sincero.
Convido à todos pra curtir a página "Estórias e Contos", no
Facebook, e também os convido para postar alguma obra na página.
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